O Planalto Paulista já nasceu como um bairro residencial, o que se deve ao loteamento realizado por volta de 1950. Na década de 70, época do dito milagre econômico, o ex-prefeito Figueiredo Ferraz, de saudosa memória, percebeu a necessidade de planejamento da expansão urbana da Capital e promoveu a aprovação da chamada Lei do Zoneamento. Nessa época, com o aumento da especulação imobiliária começava a deterioração das características urbanísticas de muitos bairros residenciais, tendo se verificado, no Planalto, a construção de alguns edifícios.

Com a antiga Lei do Zoneamento, aprovada em 1974 o Planalto passou a ser definido como bairro de uso estritamente residencial, de construções unifamiliares, isto é, composto exclusivamente por casas, com apenas algumas atividades empresariais autorizadas no corredor da Av. Indianópolis. Foi assim que o bairro conseguiu manter-se no que é hoje: uma grande área verde, onde pessoas habitam o mais próximo possível de seu habitat natural. Mas a especulação imobiliária nunca deu trégua e desde então inúmeras foram as tentativas de instalação de atividades comerciais ou serviços clandestinos.

Nesses 35 anos, a Lei sem dúvida nenhuma foi bem sucedida no seu intento de proteger a cidade, por meio do planejamento, mas nem por isso, imune a desrespeito. Fato que sempre chamou a atenção dos moradores do bairro é o de que, enquanto algumas tentativas de instalação de usos irregulares tiveram vida curta, em face da atuação da Prefeitura, outras estranhamente acabavam por se manter em atividade por muito tempo sem sofrer qualquer processo administrativo por parte da administração municipal. Foi diante desse cenário que a SAPP foi fundada, determinada a combater não só os empresários inescrupulosos, mas também os agentes públicos que fazem vistas grossas às irregularidades, quando não são coniventes com elas.

Recentemente, a SAPP passou a atuar mais energicamente contra esse tipo de ilegalidade, decretando uma guerra sem trincheiras contra os maus agentes públicos. Destarte, ela vem envidando todos os esforços possíveis, que vão desde a comunicação da ocorrência desse tipo de ilegalidade à Sub-Prefeitura da Vila Mariana, até a comunicação ao Ministério Público do Estado de São Paulo, passando por todos os outros níveis e esferas administrativas.

Ao cabo desse processo, ficará evidente a todos os munícipes e eleitores quem são os agentes políticos e administrativos que efetivamente defendem os interesses da população e quais aqueles que representam apenas um peso morto, que apenas oneram os cofres municipais, atuando exclusivamente em prol de interesses escusos ou de seus próprios.

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